O crescimento desenfreado na geração de resíduos sólidos urbanos e sua destinação final inadequada são alguns dos principais problemas identificados na gestão de resíduos sólidos no Brasil. Esse Panorama tende a sofrer mudança nos próximos anos, já que em agosto de 2010 foi aprovada a Lei 12.305 que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A lei traz novos conceitos e diretrizes, além de metas e prazos para adequação. Após tantos anos “patinando” na gestão de resíduos, finalmente, o Brasil conta com uma lei federal para direcionar e adequar o setor.
A geração de resíduos sólidos urbanos (RSU) vem crescendo de forma alarmante, no ano de 2012 foram geradas mais de 6 milhões de toneladas de RSU no Brasil. Somente o Estado de São Paulo é responsável por uma geração de aproximadamente 56 mil toneladas diárias (Fonte: ABRELPE). A minimização desta geração é uma das premissas trazidas pela PNRS e de acordo com os dados é um dos grandes desafios que o Brasil tem pela frente.
Outra grande dificuldade é o manejo indiferenciado dos diversos tipos e classes de resíduos. O Brasil não possui a cultura de separação de seus resíduos na fonte, a coleta seletiva no País é de apenas 13% (Fonte: CEMPRE, 2008). Dados mostram que apenas 58,6% dos municípios brasileiros possuem iniciativas em coleta seletiva, sendo que muitas dessas iniciativas configuram apenas um ponto de entrega voluntária (PEV) ou um ecoponto não abrangendo todo o município.
A reciclagem configura um importante processo dentro da gestão de resíduos, pois permite retornar para dentro de processos produtivos materiais que seriam descartados reduzindo a quantidade de matéria prima virgem extraída da natureza.
Apesar da importância dessa atividade, como já citado anteriormente, o índice de reciclagem de resíduos sólidos urbanos no Brasil é incipiente, tal índice comparado com outros países, demonstra o quanto estamos atrasados em relação aos processos de reciclagem de materiais.
A lei pretende incentivar a coleta seletiva e reciclagem, com o propósito de reduzir a geração de resíduos sólidos e promover o desenvolvimento sustentável, ainda assim é necessário o aperfeiçoamento da legislação nessa questão.
É indispensável um processo de conscientização da população quanto a segregação dos resíduos na fonte juntamente com a disponibilização de estrutura de coleta seletiva por parte do governo.
Hoje após três anos da aprovação da PNRS ainda não vemos efeitos e resultados concretos na gestão dos resíduos, ainda há muito a se fazer, partindo da conscientização da população quanto a geração e segregação dos seus resíduos até o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias.
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